segunda-feira, 13 de julho de 2009

COMO É TRANSAR COM OUTRO (II)

Tudo bem, meu marido teve todo o trabalho de arranjar um rapaz na igreja (! – surpresos?) ou clube, passou-lhe toda a conversa, não, não somos membros de alguma máfia internacional do narcotráfico – a única droga que entra em nossa casa são os programas de TV, que para esses só desligando; não, não extraímos rins para venda ilegal no Primeiro Mundo - ele não tem o menor perigo de amanhecer anestesiado numa banheira com gelo. Somos exatamente o que dizemos ser: um casal que gosta que a banda feminina deste casal ame outros homens. Ame, e estes depois caiam fora, ficando com a recordação do prazer.

Tudo bem, o rapaz topou. Sexta ou sábado à noite. A noite começa com Ludwig. Ele recebe o rapaz, acalma-o (às vezes é preciso), e manda o cara para o banho. Daí eu não participo. E – detalhe importante – Ludwig diz que ao sair, enxugue-se (claro!) mas venha sem nada. Vestido só de amor. E sem chinelas, pelamordeDeus! Nada mais brochante que homem pelado de chinela.

O garoto sai e surpresa, Ludwig já o espera vestido de Adão também. Aí tem uns que encucam, acham que vai rolar homem-homem, aí o pobre Ludwig tem de catequizar de novo, é que quem está na chuva é para se molhar e ninguém ali é santo, etc.

Nisso eu me apronto no quarto. Gosto de me vestir vulgar. Não submissa – nada de fantasias de house-maid ou enfermeira, pelamor, mas vulgar. Breguíssimas tanguinhas de sex-shop, em forma de coração com pompons nas bordas, o sutiã com aberturas nos bicos. Ou tanguinhas menores ainda do tipo especial-para-garotas-de-programa, com aquela rachadura dá para adivinhar aonde.

Aí eu entro. Cena linda como a vida: dois machos pelados, Ludwig já acostumado, em completo riste no esplendor dos dezoito centímetros e o garoto geralmente ainda nervosildo, a literalmente meio-pau. Minha filosofia é, tem de acontecer logo, senão brocha tudo. E entro rasgando, digo Oiiiiiiiii, tudo bem?! Dou-lhes beijoquinhas plec-plec no rosto e minha mão em tubo já agarra aquele lugar que já adivinharam e dá um par de bombadas. Adoro ver o os olhos de susto do menino. Mais ainda quando eu agarro uma das mãos dele e ponho num dos seios e agarro a outra e boto vocês sabem em qual pedaço de mim.

Nesse momento meu marido diz que vai nos deixar livres para fazemos amizade.

E segue-se uma relação sexual entre a senhora Ana Beatriz S., mineira, casada, professora, eleitora da circunscrição de Juiz de Fora, com o senhor João Carlos ou Roberto ou Felipe ou Gabriel, geralmente mineiro mas podendo ser carioca ou de qualquer outra procedência, seguindo-se os gemidos e suspiros usuais em atos de semelhante natureza, com o referido senhor esforçando-se por enterrar mais e mais o falo dentro do buraco da referida senhora vulgarmente conhecido como boceta ou xoxota, esmerando-se ambos em sentir muito prazer durante este ato.

Depois, banho tomado, eu já muito ensabonetada e cheirosa, Ludwig já pronto para conduzir o rapaz para fora, dou-lhe outros beijinhos plec-plec no rosto e digo que ele é muito gostoso. E tchau. Cinco minutos depois, o garoto é só um passado gostoso.

Simples assim.

Beijos e beijos,
Beatriz

segunda-feira, 6 de julho de 2009

QUERO É VOCÊ

- Está certa que não é transferência psiquica? – disse Ariela, mão a tremer.

- Trata-se de quebra de bloqueios reichianos – disse Carmem do outro lado da mesa.

Eram amigas desde a Faculdade de Psicologia, consultórios a duas portas uma da outra. Carmem a chamara para o bar e com a descontração de um encontro de juristas fizera a proposta.

- Uma intimidade, entre nós duas – disse Ariela querendo crer.

- Uma relação ho-mos-se-xu-al –Carmem repetiu o que dissera, e elaborou noção justificativa baseada na análise interpessoal e Ariela sentia cada uma das voltas na renda da calcinha.

Calcinha que ao lado do chuveiro do apartamento Ariela tirou rindo com o fato de que do lado de fora não havia ninguém tirando a sunga.

Carmem se sentara-meio-deitada na borda da cama de lacinhos pompom, uma tira grossa marrom-clarinha a dividir-lhe as coxas brancas quase-rosa. Ariela de topless, calcinha de manchinhas pretas.

Foi difícil decidir quem iria penetrar com os dedos na e Carmem fez questão de utilizarem a palavra va-gi-na para deixar claro que eram duas adultas conscientes do que estavam a fazer.

Acabaram por decidir. A unha aparadíssima do dedo médio de Ariela desapareceu.

Ariela teve quase tédio. A carne úmida da amiga lhe esmagava o dedo. Depois de uma dúzia de estocadas digitais, o brinquedo lhe pareceu interessante. Seus olhos se fechavam sem ordem do cérebro.

- Está satisfatório? Digo, a experiência é positiva para as aspirações do seu ego?

- Dane-se o ego, quero é comer você.

Como é transar com outro (I)

Uma dúzia ou pouco mais de amigas já me perguntou como é a sensação de amar fisicamente outro homem, sendo casada.

Eu respondo, Gente, é tão natural e tão estranho quanto pegar um ônibus ou passar num caixa de supermercado. São coisas complexas e surrealistas, apenas a gente se acostumou.

O primeiro cara com quem transei na frente do meu marido pareceu uma declaração da Terceira Guerra.

Hoje é tão simples. Prefiro meninos jovens, entre seus dezenove e vinte e um. Menos que isso é menor de idade, nem pensar. Mais que isso eles já se acham muito espertos, acham que têm algum direito, etc.

Prefiro rapazes de bom nível social, que sejam um tanto tímidos, que nunca tenham tido namorada, ou só uma ou pouquinhas. (Estou dando o tipo ideal, tá? Nem sempre isso acontece).

Quanto ao tamanho da bem... ferramenta principal de trabalho, sem ser politicamente correta, não é o mais importante. Até por que é mais difícil que se pensa saber antes o tamanho, ainda mais o tamanho que interessa, da hora do vamos-ver. O importante é que funcione!

Já me perguntaram, e tem problemas de funcionamento, em meninos tão jovens? Bem, são jovens são, mas as pessoas desconfiam demais. Não dá pra imaginar o trabalho que Ludwig tem para convencer um rapazinho de que: ele vai transar com uma mulher de seus trinta que (oh vaidade!) manteve-se nos trilhos e engordou exatamente um quilo desde os quinze anos; vai esfregar o falo nas coxas dela, chupar os seios dela, apertar o bumbum dela; ela vai lhe chupar os bicos com força; vai sentir o gozo dela; vai gozar sobre a barriga dela; tudo sem perigo nenhum; com consentimento do marido; não vai pagar nem mesmo a conta do motel. E tem cara que para fazer isso paga profissionais ou trai maridos com risco de levar tiro.

Ou seja, tudo o que um homem sonha. E eles duvidam. Às vezes o rapaz já está dentro de mim quando se convence que é sério, ele ganhou a sorte grande. Aí se solta. Aí é o paraíso.

(continua)