- Tudo bem com você? – disse ele.
- Não pára – disse ela.
A mão dela amassava o lençol, a colcha de algodão e parte do travesseiro. Ansiedade de recém-divorciada, ansiedade de solteiro. Ela resolvera se deitar vestida de Eva e o fez de bruços. Ele à la Adão deitara-se por cima dela. O passeio dele pelo corpo dela se fazia pelos caminhos turísticos normais.
Ela intensa, a balançar a cada golpe vendo o mundo pelos olhos meio fechados. Gania baixo, quase cachorrinha. Ele tomava quase-susto com o efeito que fazia nela. Não esperava tanto. Perguntava se ela estava OK como a menina com febre.
Os homens gostam, as mulheres vomitam, rasgam-se, querem praticar harakiri ao menor pensamento desta terrihorrível coisa. Na lenda. Na prática –
- Quero do outro jeito agora.
Ele engoliu papel jornal amassado. Ele queria. Mas assim repentino, iniciativa dela, era fora dos padrões. Mas macho é macho, não recusa.
Ela voltou com pote de creme, voltou à posição. Pensamento bobo voou na cabeça dele, quem está a comer quem.
O bravo explorador, novo Da Gama, se dispôs a caminhos nunca dantes. Ela trancou os dentes. No começo. Depois passava a língua neles. Ela quase queria fugir em astronave diante do furor. Mas macho é macho, não se assusta.
- Tudo bem com você? – dizia ele quase a desejar o Não.
- Não pára – dizia ela.
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Há 10 horas
LOOOOOOOOOOOOOL
ResponderExcluirPor detrás de uma grande navegadora, há sempre um grande explorador! Não, paro? ou Não paro?
Vamos pela última: os homens e mulheres exteriorizam o prazer do sexo inversamente ao próprio sexo... , ah é a primeira? Ok, eu paro.
Nossa, quanta poesia... adorei ler esse divino momento de uma forma tao lirica! Parabens Bia!
ResponderExcluirOlá JA!
ResponderExcluirDesculpe a grande demora, mas vamos: essa história é baseada num caso super-real - uma médica de exatos 49, ginecologista (argh!) Separada, trâmites dolorosos depois de 490 anos de casamento, etc. Ele um garotão que só tira notas vermelhas, metade da idade dela. E ela quis fazer por trás. Simplesmente deu na telha. E o rapaz morreu de susto! Mas obediente tirou a virgindade que ela queria que ele tirasse. Morri de rir quando soube dessa história. E fiz esse relatinho.
beijos e beijos, Bia
Lion,
ResponderExcluirgratíssima por gostar!
beijos, Bia