terça-feira, 19 de junho de 2012

Tudo, tudo vale.


- Dá o bumbum?

- Não, não dou – suspirou a morena que vestia apenas uma linda pulseira multicor, um dos brincos que se esquecera de tirar e o perfume Chanel. Eu pouco mais que isso, apenas um pedacinho triangular de tecido de algodão verde que se fazia de tanga. Meu marido vestia apenas sua masculinidade, que fazia concorrência à Vale, dura como aço. Motel com nome ridículo (como todo motel tem nome ridículo) Styllus.

Minha resposta a esse terceiro não foi a mesma aos dois nãos anteriores – toquei-lhe no queixo delicado e entornei mais dois dedos de Merlot na garganta da morena, que se esforçou por engolir e sorriu. A jovem lutava bravamente.

Eu, Teresa, considero que, no amor físico, vale tudo. Exemplinho: um minidrama de família. Um rapaz se declarou apaixonado por uma sobrinha minha. Era o amor da vida dele, prometeu casamento, todas essas coisas – minha sobrinha deu-lhe de presente a tanguinha e por meses o esperto rapaz viu a filha de minha irmã nua de todas as formas que Deus a criou, e deu até um bom dinheirinho para metade dos motéis de Belo Horizonte. Depois caiu fora.

Choradeira, reuniões do setor feminino da família. “Em que falhei?? Minha fi-lhi-nha buááá!” Cansei daquilo. Puxei minha sobrinha pra um quarto, tranquei a porta. “Ele te engravidou?” “Não.” “Ele te passou alguma doença?” “Não.” “Você gozou?” “Tia!” “Tia coisa nenhuma. Era sua tia em priscas eras. Agora você é uma mulher de dezenove e eu sou outra mulher, de bem mais de dezenove. De mulher para mulher; gozou?” Senti o sorriso sapequíssimo. “Go...zei.” “Muito ou pouco?” “Mu..ito”. E meio segundo depois; “Foi uma delícia!” “Então, querida, ele curtiu seu corpo, você curtiu o dele. Empatou em dez a dez. Deixe de bobagens e parta para outra!”

Saímos os três, eu, Rafa meu maridão e Marilena. Marilena, a Lenita, morena a rimar com o nome, cor absolutamente uniforme, apenas um pouquinho mais clara (eu veria depois) num doce triângulo entre as coxas e em volta dos bicos quase-negros.

Logo nos beijinhos iniciais meu marido se apaixonou pelo bumbum da jovem. Era realmente uma obra de arte de curvas, valorizado pela calça justíssima que quase permitia ler as letras do fabricante da calcinha. Recém-separada, trinta e dois lindos aninhos e orgulhosa dos quilos perdidos e querendo novas experiências, não foi difícil empurrar-lhe um par de caipirinhas quase-álcool. Quase que senti a cabeça da garota girar. E logo na primeira proposta, de conhecer um motelzinho cálido ali perto, senti o doce cheiro do bebida quando ele me suspirou abrindo o sorrisão “Vamembora!”

Chegando ao motel de nome idiota, a garota pensava em realizar um tradicionalzinho com o marido de outra mulher mas o marido da outra mulher tinha ideias próprias, todas traseiras. Lenita disse que não, aquilo não. Eu disse que íamos ver o que um par de goles de um vinho sen-sa-ci-o-nal iriam fazer. A moreníssima disse que não adiantava, ela era muito resistente a bebida e não iria ceder.

Começamos uma doce luta: eu perguntava se ela topava, e a cada não eu a fazia beber mais um golão de álcool. No terceiro “não” a garota quase cedia. E no quarto gole:

- Vou mostrar para vocês o que é uma real mulher – e a moça quedou-se na posição cachorrinho e rebolou o bumbum, lindamente classuda, lindamente vulgar, como toda boa fêmea deve ser e é.

Meu marido não tem o maior instrumento do mundo. Mas também não tem o menor – seus dezoito centímetros trazem em si a promessa de um bocado de prazer – e também de um montante não desprezível de dor – à jovem dama que tenha a sorte – e a coragem – de recebê-lo por trás.

E prazer e dor foi o que a moça recém-divorciada sentiu. Derreti-me entre as coxas ao ver as mãos do meu marido realizando o ritual, apertando o bumbum bem marcado de bronze, colocando o creme – mas o melhor foi quando, com delicadeza e jeito sem perder o T grande, a cabeça da serpente forçou a entrada no portal cujas trancas nunca tinham sido abertas.

A moça contraiu o rostinho, arqueou as sobrancelhas, gemeu sem gemer. Beijei-a no rosto, ajeitei-lhe uns fios de cabelo enquanto podia contar os tremores no corpo dela. Quase tive pena. Quase.

- Está sentindo dor, Lenita?

- Muita. Nunca pensei que fosse doer tanto. E nunca pensei que fosse tão gostoso.

Meu marido perdeu qualquer vestígio de piedade e fazia desaparecer um bom tamanhaço do seu instrumento. Os bicos negros dançavam loucos enquanto ela sapateava desarrumando o lençol e berrava nos meus ouvidos uns gritos de arrebentar o bairro todo.

- Não tira, caralho. Não tira. Oh.

E Rafael não tirou. Não teve pena, enquanto a moça batia recordes de gozo. Só quando meio-fechou os olhos e um dos jatos de cálido iogurte acariciou meu joelho, indo os outros brindar a curvinha das costas da jovem divorciada.

Que teve uma ressaca daquelas no dia seguinte. Continuamos amigas e cúmplices. Eu e meu marido a fizemos cair numa armadilha, e ela diz que tem volta, ela via ter sua vingança erótica. Nós aguardamos Quem disse que no amor há limites?

Beijos, Beatriz

5 comentários:

  1. Lindo conto Ana.....com uma breve "lutinha", tesão mesmo....bjos

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  2. Gratíssima pelas respostas, queridos! Cat, já conhecido companheiro da net... Beijos!...

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  3. Olá, seu blog é ótimo e bons textos, parabéns! Lhe convido para colocar seu anúncio no site www.quetesao.com, 100% direcionado ao público adulto e totalmente grátis! Já temos milhares de anúncios. www.QueTESAO.com

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Seus comentários! Beijos, Beatriz.