- Está certa que não é transferência psiquica? – disse Ariela, mão a tremer.
- Trata-se de quebra de bloqueios reichianos – disse Carmem do outro lado da mesa.
Eram amigas desde a Faculdade de Psicologia, consultórios a duas portas uma da outra. Carmem a chamara para o bar e com a descontração de um encontro de juristas fizera a proposta.
- Uma intimidade, entre nós duas – disse Ariela querendo crer.
- Uma relação ho-mos-se-xu-al –Carmem repetiu o que dissera, e elaborou noção justificativa baseada na análise interpessoal e Ariela sentia cada uma das voltas na renda da calcinha.
Calcinha que ao lado do chuveiro do apartamento Ariela tirou rindo com o fato de que do lado de fora não havia ninguém tirando a sunga.
Carmem se sentara-meio-deitada na borda da cama de lacinhos pompom, uma tira grossa marrom-clarinha a dividir-lhe as coxas brancas quase-rosa. Ariela de topless, calcinha de manchinhas pretas.
Foi difícil decidir quem iria penetrar com os dedos na e Carmem fez questão de utilizarem a palavra va-gi-na para deixar claro que eram duas adultas conscientes do que estavam a fazer.
Acabaram por decidir. A unha aparadíssima do dedo médio de Ariela desapareceu.
Ariela teve quase tédio. A carne úmida da amiga lhe esmagava o dedo. Depois de uma dúzia de estocadas digitais, o brinquedo lhe pareceu interessante. Seus olhos se fechavam sem ordem do cérebro.
- Está satisfatório? Digo, a experiência é positiva para as aspirações do seu ego?
- Dane-se o ego, quero é comer você.
Conto: A Revanche final!:)
Há uma hora
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