domingo, 8 de novembro de 2009

BÊBADA

O álcool tem muito a ver com o mundo da troca-de-casais. Sabe como é, desinibição, afastar timidezes, etc. Nada contra, não sou moralista. Se uns mililitros de vinho gaúcho vão ajudar uma secretária ou um professor a terem um momento inesquecível em suas vidas, why not? Apenas eu não preciso. Gosto na coisa olho-no-olho, desde que um dia quando tinha meus dezoito anos e um par de meses que decidi que estava cansada de ser zero-quilômetro, e queria experimentar aquilo que tem nomes científicos e nomes populares como foder, meter ou trepar. Minha pobre virgindade não durou nem mais trinta dias, a coitadinha.
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Com Tamara e Adriano foi diferente. Primeiro, por serem jovens – os casais de nossa vida são quase todos mais maduros. Depois, por que quem articulou fui eu, e não Ludwig. Eu conhecia o rapaz, cruzamos nossos caminhos no voluntariado em que trabalho. Elogiou a gente, disse que éramos um casal muito correto, não se envolvia em fofocas, ao contrário de muita gente.
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Sabe esses momentos em que a gente sente que é momento de arriscar? Joguei: agradeci, e disse que além disso nós saíamos com outros casais, cada um com a sua, ou trocando, não tinha problema. E que se ele e Tamara sonhavam um dia em dar uma variada em sua vida sexual, sem mudar a vida deles em nada, com muito respeito e camisinhas, podiam contar com a gente e nossa discrição que ele conhecia.
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Dei a pancada com a seriedade de quem faz uma demonstração de teorema geométrico. Dado o recado, disse que ia fazer alguma tarefa e sai da sala. Voltei uma dúzia de minutos depois e ele desligava o fone, ainda tonto. Adivinhei que ligara para a esposinha, incapaz de agüentar a novidade sozinho. Cumprimentei-me. Senti que eu tocara num ponto sensível.
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Foi antes de uma reunião de coordenação que dias depois o vi, olhos duplicados de tamanho, respiração de chumbo. Perguntei se ele e Tamara tinham pensado em nossa proposta. Parecendo aliviado por eu ter tomado a iniciativa, disse que eles pensaram e queriam experimentar. Mas cada um com a sua. Nada de troca. Eu disse que ótimo, eu e Ludwig teríamos prazer em nos amar na frente deles. E se depois eles quisessem tirar a roupa e se amar também ficassem à vontade. E repeti as garantias de sempre.
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Que re-repeti para Tamara no bar onde nos encontramos os quatro na sexta. Tamara é uma lourinha que sempre usou cabelos curtos com as pontas docemente voltadas para fora. Parecia intimidada e atribuí a isso os dois cálices de Moet que virou quase de cara. Com outros casais, temos uma divisão de tarefas: Ludwig fica com as brincadeiras, a leveza geral; eu, falo daquilo. A conversa não pode ficar séria senão enregela tudo. Falo de jovens mulheres tirando tangas ao entrar em praias de nudismo, de mulheres de meia idade a comer universitários que podiam ser seus sobrinhos, de boquetes em bancos traseiros de carros enquanto o marido dirige, experiências nossas e de outros, vistas e de ouvir dizer.
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Eu falava e Tamara empurrava mais champanhe. Temi que dormisse. Já pensava em como encaminhar o assunto quando a carinha delicada com um suave cheiro de álcool disse: vamos pro Number One!
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A garota foi sensacional. No trajeto da porta até a cama de cobertura lilás foram ficando a saia não-muito-curtinha, a blusa cor-vinho quase transparente e como prêmio máximo a calcinha violeta com rendinhas na borda, enroladinha no chão.
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E pude ver o que a calcinha até então ocultou. Tamara se jogou vibrando a cama sem nada, nada, nem um brinco nem uma tornozeleirinha prateada, nuinha nua nua, e com simplicidade afatou as coxas – doce e puramente abriu as pernas muito brancas, num gesto tão natural quanto lindo. Aquele risco cor de rosa que apareceu encheu meus olhos e o Mundo. Linda a fenda da mulher do meu amigo. Não pude vê-la muito pois o falo do marido logo o forçou a abrir-se e seu corpo cobriu o da garota.
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O marido olhava de meio-olho para a gente mas a esposinha com as coxas sempre muito afastadas assinalava cada estocada que levava do macho com um ganidinho rouco, que me fazia sentir o cheiro do Moet.
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Já disse várias vezes que não sou santa mas precisa dizer que Ludwig também não é nenhum anjo. Não é que o danado, banho tomado, cheiroso, vestido de Adão, no auge do mete-mete dos dois, como quem nada quer trouxe o poste já muito horizontal a uns dez dedos do rostinho da gata bêbada. E o resultado, bem, com a mesma doçura com a moça abriu as coxas ela tocou o falo com a sua mãozinha esquerda e um segundo depois metade dele desaparecia em sua boca de batom groselha – Ludwig não agüentou e deu uivo para o teto. Acontecera – a mulher transava com dois! Temi que a coisa não prestasse. Adriano fez cara de quem viu choque de cometas – e deixou passar. Apreciou o boquete da esposa em outro.
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Eu e Ludwig sabemos muito bem de política de swing – é preciso que os dois casais se aspas comprometam. Eles tinham se desinibido, estava na hora da gente se desinibir. Assim, depois que os nossos amigos ficaram calminhos, eu e Ludwig nos oferecemos para eles verem um showzinho nosso – e o fixemos, trocando várias posições e terminando com um gozosinho básico na barriga, para eles verem. Parecemos casal de casa de show erótico. Eles adoraram!
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O álcool tem muito a ver com o mundo da troca-de-casais. Sabe como é, desinibição, afastar timidezes, etc. Nada contra, não sou moralista. Se uns mililitros de vinho gaúcho vão ajudar uma moça ou um homem a terem um momento inesquecível em suas vidas, why not?
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Beijos e beijos, Bia

6 comentários:

  1. Bia, bia. bia... rsrsrs Vai escrever gostoso assim lá em casa!
    Parabéns pela mão prodigiosa e mente libertina.
    Um presente achar o seu blog.

    Abração!
    Casal Soterid - seus seguidores e fãs.
    http://www.suingue.blogspot.com

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  2. "Trabalho voluntário"...

    Sempre fui da opinião que "é dando que se recebe". Que retribuição recebeu este doce casal!!!

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  3. Rárá!! Adorei o mente Libertina!
    Gratíssima, Carlos e Eros!
    Muitos beijos para quem comenta!
    beijos, Bia

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  4. Olá!
    Primeira vez aqui no blog!

    Que mistura provocante e sensual!
    Beijos!

    Carol Sakurá

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  5. Gratíssima, Sakuras!
    Continuem lendo!
    beijos, Bia

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  6. D+ Seus Textos!

    Pure Electro! Check My New Mixtape ''Atomic Ground'' In: http://djf7.blogspot.com/

    Scratch 4 Luv

    DJ F7

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Seus comentários! Beijos, Beatriz.