segunda-feira, 23 de novembro de 2009

TIRANDO PUREZAS

Não me vejam com tridente, chifrinhos e lingerie vermelha mas gosto de corromper pessoas. Não qualquer pessoa – gente leve, feliz, boa, gente que quer viver sua vida querendo-bem – e gente que gosta de amar fisicamente outras pessoas, sem necessariamente ligar a amor de novela, etc.

E as deusas do ramo, Afrodite e Cleópatra, creio, parecem me ajudar. Essa é antiguinha, vários anos. Aconteceu em Parati, novembro como esse, sol rachante. Eu e Ludwig curtíamos a 336ª ou parecida lua de mel em pousadinha, e assim Denise e Leandro curtiam sua primeira.
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Sabe aquelas pessoas totalmente inofensivas, incapazes de mal? Eram assim, era olhar para as carinhas e ver, a dupla de sorrisinhos tímidos. Fiquei amigo deles, especialmente dela.

Encontrava com ela na beira da piscina, Denise com aquele jeitinho feliz-tímido. Perguntou-me se era uma segunda lua-de-mel. Falei enrolando casual a ponta do cabelo. “É sim, mas a gente é temático. A lua de mel mesmo foi do jeito normal. Agora a gente combinou fazer mais anal.”

Momento cruciante. Se minha amiguinha saísse correndo, fora só uma boa tentativa. Levou o copo à boca. Não me olhou. Perguntou: “Vocês gostam?” Olhei o relógio. Disse que meia hora antes eu estava levando estocadas duras ao extremo... “Nem parece, né? Dizem que a gente quando faz por trás não consegue andar direito... mas você percebeu alguma coisa?”

A pobre garota tossiu o chope duas vezes mas falou: “Não, você está andando normal”. Primeiro passo dado.

Horas depois encontrei com eles. Ele me olhou diferente. Entendi que ela contara tudo. Olhou-me como mulher-que-dá-por-trás. eheh

Minhas conversas e de Denise se soltaram, eu sempre usando a tática de me soltar antes para ver o que acontecia. Denise logo soube que o de Ludwig não era o primeiro. Ela mais solta pediu para que eu contasse e eu revelei com detalhes o sangramento bobinho advindo da perda desta inutilidade que se chama virgindade com rima e tudo, ela se divertindo, e Ludwig se aproximou. Ela me fez cara de desespero, falou com os lábios sem som. Com Ludwig se enxugando a dois palmos de distância eu “...aí eu percebi que não tinha sentido o gosto do mel do garoto, e eu queria muito saber como era, aí fiz ele se sentar na ponta da cama, fui por cima e...” Lindo ver a carinha de desespero dela,

Trinta minutos depois ela abriu o sorriso de dentes de anúncio de kolinos e disse que não perdera a virgindade naquela cama-de-pousada. Disse que três meses antes não conseguiram mais segurar. “Abri as pernas pra ele” – disse ela e riu.

Um dia decidi que era o nada-ou-tudo. “Querem ver um outro casal a meter? Vocês não precisam fazer nada. Só olham e vão embora”. Denise mudara muito nos últimos três dias. “Normal ou por trás?” – perguntou. “Ah, depende da inspiração do momento!” – gargalhamos.

Interessante que pensamos uma em fazer uma armadilha para a outra, e foi ela quem me pegou. Eu pensei em como seria bacana se a fizesse entrar em nosso quarto, e aspas casualmente ela veria uma transa entre eu e Ludwig. Em vez disso, ela me mandou recado pela portaria que meu shampoo natural ficara com ela. Achei estranho o recado, e não um telefonema. Meio da tarde, tudo morto, até as gringos de pele de camarão o 204 estavam dormindo depois do excesso de sol. Bati à porta. Denise me disse para entrar. Senti o clima. Passei a saletinha.

Da porta do quarto, cena linda de viver: Um casalzinho muito jovem, ela, os seios pequenos de bicos-rosa muito suave sentada na beirada da cama vestindo só uma linda tornozeleira de prata, ele com a falta de roupa a realçar o falo muito duro apontando para os lábios da sua boquinha que se abriram e o engoliram quase inteiro, enquanto a mãozinha desajeitada ainda aprendendo as coisas do amor pesado lhe sopesava os bagos. Fiquei orgulhosa da minha amiga pois o rapaz era até que avantajado.

E mais orgulhosa fiquei quando eles me mostraram sua linda inexperiência num papai-e-mamãe – mal sabiam eles que quando se transa para outros verem, existem posições muito mais convenientes para a platéia. Só pude ver o bumbum dele subindo e descendo parecendo querer separar ainda mais as pernas da moça que lhe arranhava as costas.

Rapidinho ele encheu o doce buraco da garota de mel – ainda não sabiam se controlar, meus quase filhinhos. Baixinho disse que adorei e achei lindo – e disse a ela que meia hora depois podia me encontrar na piscina embaixo para um par de Alexanders – e ela desceu meio ressabiada e eu falei de meu segundo namorado antes de Ludwig – e do sinalzinho que tinha no seu instrumento. Disso e de outras levezas. Nem mencionei a cena. Ela abriu sorriso. Eu a ganhara. Meus lindas amigos tinham uma tarazinha – fazer com platéia. E eu fui a platéia! Rárá!

Depois soube que ela comprou fitas de presente e se enrolou e ofereceu no aniversário dele de presente o seu lindo e redondinho bumbum – e gosto de pensar que fez assim pensando no meu exemplo!

Não me vejam com tridente, chifrinhos e lingerie vermelha mas gosto de corromper pessoas. Não qualquer pessoa – gente leve, feliz, boa, gente que quer vier sua vida querendo-bem. E que melhor?

Beijos e beijos, Bia

3 comentários:

  1. Eu te vejo com uma harpinha, auréola e lingerie branca. Você é um anjo, dona Bia; ensinou para o jovem casal como ser feliz no sexo. Isso vai salvá-los de muitos problemas e discussões futuras.

    ...mas, quando será que minhas preces serão atendidas? :-)

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  2. CLAP CLAP CLAP!!!

    Desse vez você se superou...

    A questão essencial é: Quem não quer ser corrompido desta maneira???

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  3. Olá queridos Ricardo e Eros,

    em vocês dois agradeço a todos os que comentaram. Sejam muito felizes, amem muito, e estou sempre no e-mail.
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    beijos e beijos, Bia

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Seus comentários! Beijos, Beatriz.