sábado, 4 de junho de 2011

Sou a amiga

“Realce sua beleza andando em companhia de amigas feias” - parece ser o lema de Michele, e eu não sou Michele. Sou a amiga. Bem, não sou exatamente feia. Sou normal. Não engordei nem nada, ao contrário, minhas bermudinhas jeans sempre folgam. Mas sou de uma normalidade que se esmaga diante da esplendorosa lourice e do cabelão na cintura da minha amiga, alguém que já cansou de ouvir o bordão “por que você não quis ser modelo”? E ficamos por aí, nós duas, nos bares e boates, eu, Teresa, sempre a fiel escudeira.

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Inevitavelmente, a garota bonita atraiu um rapaz bonito. Os um metro e oitenta e seis do cara eram dissimulados por seu apelido, Betinho, que além de disfarçarem sua altura davam uma impressão errada sobre outra grandeza. Ele grudava os olhos na musa dele, e isso me deixava livre para grudar os meus naquele volume na sunga dele, na piscina.

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Além de bonito, Betinho era tímido e era amigo do vizinho da minha prima. Aproveitou essa quase- intimidade e me perguntou se aquela gataça gostava dele.

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Aquela gataça nem sabia de sua existência. Betinho era bonito, mas a concorrência era forte, e nessa ele perdia. Não sei que me deu. Respondi: Ela me disse – tem uns caras bonitinhos, mas tesão mesmo, coisa de útero, eu tenho é por aquele, o Betinho.

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Os olhos dele viraram sóis. E eu disse: não dá agora, ela está terminando um namoro, os pais querem o cara rico, etc. Mas ela me disse: “depois de livre, eu vou comemorar dando pra aquele tesudo!”

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Pedi um tempo, e eu arranjaria as coisas entre os dois.

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Deixei Betinho pulando de euforia e naturalmente não disse nada para minha amiga, a qual continuava ignorando a existência do rapaz. Ele me perguntou de novo. Eu disse que, quando estávamos no quarto dela... E ele me perguntou se ficávamos juntas no quarto, eu disse que sim, ela trocava a roupa na minha frente, eu já cansara de vê-la nua, pena que não podia levá-lo na bolsa eheh (ele mordeu o lábio). E falei das calcinhas dela, tinha umas bem-bem, fio-dental, enfiadinhas, “são para o Betinho“ ela me disse, rindo, e uns sutiãs com umas aberturas bem grandes para os bicos, os bicos delas são bem grandes, sabe? E quando está experimentando calcinhas, tirando uma depois da outra, a - posso dizer -, fenda dela é bem lourinha, não sabia? Pois é...

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E Betinho esvermelhava a cara, e eu o deixava, pois via necessidade dele enorme de ficar a sós para se aliviar.

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Não podia embromá-lo muito, e prometi que iria acertar as coisas entre eles. E numa certa noite subi os degraus da escada da casa dele para falar disso. Disse Oi! para os pais dele, lá na sala, e subi para o quarto.

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Não dá por enquanto, disse eu. Os pais dizem que ela só pode terminar com o cara daqui a no mínimo dois meses. Mas ela não aguenta mais. Ela disse que quer transar com você e morde os dedos esperando os dois meses. Quis que eu a ajudasse a tomar banho. É realmente uma pena essa espera, Betinho. Ela levantou a sainha verde e vi os lourinhos – estava sem nada por baixo - “É o modelito que vou usar quando namorar com o Betinho”, disse. Tirou o sutiã tão pequenininho que uma parte de um dos bicos aparece. Eu falei que os bicos dela estavam bem duros, e ela disse que é por que pensava em você. Eu mesma acho uma pena, Betinho, que você possa apenas bater uma, quando podia meter na minha amiga. Seria muito mais gostoso.

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Eu disse isso como quem convida para uma coca cola, mas não havia nada de cocacolístico nos olhos enormes do rapaz e no mais enorme ainda volume na bermuda branca, e nas narinas respirando como chumbo.

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Betinho tinha força equivalente a quatro de mim, e só precisou de um pedaço dessa força para suas grandes mãos me envolverem a cintura, me suspenderem no ar, meus pezinhos deixando cair as melissas cor-de-rosa, e me colocou sobre uma cômoda de madeira muito nova, com as costas na parede. Tudo devagar mas com uma determinação de locomotiva. Senti sua respiração quente quando ao ser carregada coloquei meu pescoço em seu ombro.

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Suas mãos afastaram minhas coxas, não as escancarando, mas o suficiente para aquilo que ele queria. Ele se afastou, envolveu meu corpo ainda vestido num olhar só.

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Suas mãos procuraram o fecho da própria bermuda que um par de segundos depois deslizou ao chão, seguida pela blusa branca, e em mais outro par de segundos compreendi minha situação: um homem nu, que eu mal conhecia, o falo muito grosso, apontava para mim. Não fazia cara “sua gostosa!” ou de “vou te comer!” Ele só queria o que queria.-

Deixei-o fazer. Eu tinha sido má – eu mentira, eu o provocara. Eu merecia o que viesse. Vi suas mãos rasgando um pacote e tirando um anelzinho melado de lá.. “Só come com camisinha”, pensei. “Bom menin..” - e meu pensamento foi cortado pelas suas mãos, que se aproveitando de minha bermuda frouxa nem se deram ao trabalho de tirá-la, puxando-a para o lado, e continuando sua exploração encontraram um pequeno pedaço triangular de poliamida, que também não ofereceu grande resistência.

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Era agora. Respirei fundo, mandei uma de minhas coxas para mais distante da outra, vi aquilo muito leve, levitando horizontal, procurando o espaço lateral que tinha sido deixado por minha bermuda e calcinha, e mordi-lhe o ombro suado quando o senti sem nenhuma violência porém sobrando firmeza a alargar-me inteira, fazer-me maior, nas beiradas da dor mas sem cair nela. Betinho colocou a mão na minha boca e eu entendi – eu suspirara a alarmar o quarteirão. Não queria que os pais dele soubessem e passei a me controlar, quase lacrimejando.

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Após colar nossos corpos inteiros, Betinho afastou-me e num golpe seco e doce cravou de novo, e minha cabeça rodopiou e franzi a testa de esforço para não gritar. O mesmo movimento foi seguido várias vezes, eu derretendo, Betinho me lambia o pescoço e eu dava o troco lambendo o dele, assim como as orelhas, mas não nos beijávamos – e eu entendi claro – porque não havia amor. Só tesão em elevado grau de pureza.

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Desfiz o laço de minha miniblusa, não tanto para ficar mais ficar mais à vontade como para dar ao garoto uma visão dos bicos marrons dos meus seios – e ele respondeu socando-me como bate-estaca, sem vestígios de dó. O rapaz não respeitou nem mesmo meus dois gozos – meus amigos anteriores ao menos aliviavam enquanto tinha meus orgasmos, mas o menino continuou a estocar sem me dar descanso.

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Tapei-lhe a boca – foi a minha vez – quando gritou um oooouuu de abalar alicerces, e minha mão rápida como cobra lhe arrancou a borracha. Seu iogurte denso, grosso, fez faixas que se estendiam pela minha bermuda arregaçada, umbigo e um chegou a me acariciar a bochecha, sensação doce.

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Ficamos uma meia dúzia de minutos desabados um no outro.


  • Tem um papel? - disse eu desprendendo-me.
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  • Tem, sim – e me trouxe um rolo de papel toalha, que juntou com o banheirinho foi muito útil para voltar a ficar apresentável pelo menos para passar pelos pais dele. Penteei-me com o pente dele, afofei os cabelos.

.Dei-lhe um beijinho no rosto.

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  • Desculpa, tá, Teresa?

  • Tudo bem, isso acontece – disse eu. E alcei minha bolsa. Seus pais me deram boa noite enquanto eu voava para a porta.

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Quanto à minha amiga, sei que o príncipe encantado dela ainda virá, sei lá quem será ele. Quanto a mim, talvez não tenha me dado tão mal assim eheh.

3 comentários:

  1. Beatriz...., olha que interessante essa postagem no meu blog - papo cabeça...rs
    No consultório do psiquiatra....Meu marido quer que eu faça sexo com outro homem

    http://esposaslindasdemais.blogspot.com/search?updated-max=2011-06-22T11%3A50%3A00-07%3A00&max-results=3

    Abraço!

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  2. Olá Bia.

    Desculpe-me pela demora em comunicar o recebimento do seu Livro. Aliás, PUTAQUEPARIU, que livro delicioso. Minha única crítica é que ele é curto demais para nós, leitores ávidos por seus relatos de fantasias e realizações...

    Foi delicioso tê-la como autora e musa de algumas de nossas quentes conversas antes de de nos amarmos loucamente, explicitamente, vulgarmente, intensamente...

    Gostaríamos muito de tê-los como amigos, mas este é mais que uma fantasia... é um desejo!!!

    Grande abraço.

    Sr. Eros (Casal Eros e Psique Minas)

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  3. Olá Eros!! ( e Psiquê)

    Hiper-contente (e Ludwig também) de inspirar alguns de seus momentos de amor físico. Isso é o que vale ao escrever sobre o amor-para-valer. Sejamos (todas e todos nós) muuuito felizes!
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    beijos e muitos beijos para o casal da mitologia grega!
    Bia

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Seus comentários! Beijos, Beatriz.