segunda-feira, 19 de outubro de 2009

REALIDADES...

Um querido leitor perguntou se as histórias aqui são reais. Claro, ele se referia às histórias que se passam em nossa época, e em nosso país. Existem aquelas que sem dúvida aconteceram sim, e quase do jeito que eu contei. Mas que eu obviamente não presenciei, como a das duas moças que se amavam na Grécia antiga. Existem também aquelas que são contos, como “Don´t Stop”, uma das primeiras, e das que mais gosto.
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Quanto àquelas em que eu entro como participante ou espectadora, há que distinguir. Todas aconteceram. Em algumas eu estava lá, do jeito que escrevi. Temos muitos amigos, e amigos liberais. E adoro ouvir – é quase tão excitante quanto fazer, ou mais até. Assim, de outras eu ouvi a narração, e me coloquei no lugar de quem esteve. Acho que fica mais dinâmico assim, e ao mesmo tempo me consola por não ter estado presente a tudo (chuif!).
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Nessas que ouvi, tem um subtipo. Quem leu o primeiro capítulo de meu livro sabe que entre eu e Ludwig tem uma diferençazinha de idade. Eu ainda aprendia a rasgar embalagens de absorvente (argh) e ele, novo mágico, já com sua varinha (?) fazia mulheres amigas e mulheres de amigos darem passeiozinhos pelo reino do êxtase.
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Razões objetivas: Ludwig é estrangeiro e no Brasil estrangeiros têm privilégios, todo mundo trata bem: é louro – mesma coisa; é simpático e falante – raro para um estrangeiro, aí é qualidade dele; e é discreto – aí é tão raro que não é qualidade, é troféu. Se um cavalheiro tem o sonho de ver sua dama transar com outro, olha, Ludwig é a solução, sem querer ser publicitária. Ele trata a esposa do outro com respeito de mordomo inglês, faz apenas sua tarefa, deixa bem claro que a mulher é do outro, ele não faz parte do casal, muito menos da família, e que está lá para ser usado para o prazer da mulher e por tabela, pelo do homem. (Claro que para ele também não é uma tragédia, eheh).
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Assim, algumas das histórias que conto aqui são de Ludwig, antes de me conhecer. E fico enchendo a paciência dele para recontar e rerecontar, pois adoro. Uma das que mais gosto e ele detesta é a da primeira - e posso dizer o nome exato pois aqui ninguém é candidato a anjo - boceta da vida de Ludwig, a de uma alemã gordinha chamada Helga, de uma cidade com o feio nome de Lübeck, e que portava uma calcinha quilométrica branca e que sangrou lindamente com a primeira espada que teve o privilégio de estocá-la. Isso foi ainda nos tempos alemães de Ludwig.
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Mas a que pretendo contar é outra. Ludwig tinha exatos vinte e seis, poucos de Brasil, ainda se confundia nos gêneros das palavras e arranjou como amigos um conhecido advogado de JF, com exatamente o dobro da sua idade, e uma esposa charmosíssima que tinha doze anos menos que o marido. (Ludwig guardou esses de detalhes). Rodearam-no, bares, encontro na Rio Branco, ida à praia juntos.
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Numa dessas, num bar meio vazio veio a proposta (os dois lado a lado, bem juntos, as mãos segurando firme um no outro como a mostrar que estavam juntos nessa.) O cara falou com a leveza de quem defende uma causa junto ao Supremo Tribunal que tinha o sonho de ver a esposa fazer e disse com todas as sílabas se-xo-a-nal com outro homem. Seria a primeira vez dela por trás. Perguntaram o que achava disso e o Ludwig da época com seu português capenga até ainda não estava acostumado, mas abriu sorriso e disse “Linnnnndo, Marrrrrravilhozo!” Espertinho eheh.
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Que estava nervoso no começo. Ludwig me conta que a mulher no motel de nome em francês ruim vestia todas as cintas-ligas e calcinhas vermelhas de sex-shop que se possa imaginar. Mas ela muito feliz, afundara os joelhos na colcha macia da cama redonda. O marido a um metro, nu como Adão, os pelos grisalhos, inclusive os que guarneciam o falo que ele percorria apertando loucamente com a mão. E o jovem Ludwig, de joelhos atrás da mulher, suando frio.
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Até que relaxou e apertou-lhe os bumbuns, cafajesticamente, e o casal gostou. Ludwig relaxou e enganchou os dedos nos fechos da cinta-liga, afastando-os, e seus dedos exploradores por baixo da calcinha-de-putinha quase se queimaram com o calor da fenda molhadíssima.
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Mas o momento must foi o da perda daquela virgindade mui especial. O ritual todo: os dedos do amante espalhando muito creme, sem pena de desperdiçar. Depois, os mesmos dedos, primeiro um, depois dois, percorrendo os caminhos ainda nunca percorridos enquanto a mulher franzia os olhos, cada vez com menos dor, cada vez mais à vontade.
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Adoraria ver o homem jovem, seu instrumento suspenso no ar; a mulher charmosa e com muita beleza da juventude, de quatro; o marido batendo uma querendo ganhar o recorde mundial de intensidade no vai-e-vem. Adoraria ver a cabeça rosada desaparecendo, a carinha feminina com mistura de dor e alegria, cada vez menos dor. As mãos do amante aproximando com velocidade de tartaruga a cintura da mulher, e o falo a desaparecer. E um sorriso marcando o momento mágico em que a garota relaxa, seguido pelo afasta-e-mete, feliz, completo. E terminado com um gêiser de creme, aliás dois, pois o marido lindamente corno ao lado também conta.
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. Um querido leitor perguntou se as histórias aqui são reais. Se eu escrevesse dizendo que um casal amigo nos fez esta proposta, e eu estava presente, eu mentiria. Mas confesso que adoraria ter visto.
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Beijos e beijos, Bia

4 comentários:

  1. AH se Juiz de Fora fosse ali!!!

    Afinal, uma coisa é certa de ser muito real. A admiração e o tesão que tenho ao ler estas linhas...

    Parabens casal.

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  2. Parabéns pelos textos Beatriz.
    Conheci seu blog totalmente por acaso e virei fiel seguidor.

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  3. Eros, você e sua constância são muito importantes.
    Camel, volte sempre!
    beijos, Bia

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  4. OI BIA, COMO EU JÁ DISSE ANTERIORMENTE, ESTOU ACHANDO SEUS RELATOS DELICIOSOS. MAS, PELA PRIMEIRA VEZ, DISCORDO DE VC. NESTE RELATO VC DIZ QUE "O MARIDO LINDAMENTE CORNO TAMBÉM CONTA". EU NÃO ACHO QUE ELE SEJA CORNO, POIS TUDO É FEITO COM O CONSENTIMENTO DELE E PARA O PRAZER DE TODOS. NÃO HÁ TRAIÇÃO NO CASO E SIM A REALIZAÇÃO DE UMA FANTASIA OU FETICHE. ME PERDOE TER ESSA DISCORDÂNCIA, MAS ESTOU DIZENDO O QUE SINTO E ACHO, HONESTAMENTE. ATÉ PORQUE HÁ MAIS DE 15 ANOS SAIO COM CASAIS E É ASSIM QUE SINTO O PRAZER DOS MARIDOS. SE QUIZER ME ENVIAR EMAIL O ENDEREÇO É : dom_debu_bdsm@hotmail.com . ESSE TBM É O MEU MSN.

    BJSSS

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Seus comentários! Beijos, Beatriz.